terça-feira, 8 de abril de 2008

Visceralidad&ntranhasofias

Corro.
Os dias parecem devorar-me aos poucos;
passo. Janelas que vomitam sonhos
e animais que entram sem pedir licença:
rápida e nervosamente incoerências
da minha vida se transformam no são
& insano
desse pão.

Visceralidad&ntranhasofias & sínteses
de todo o Universo refletido nas correntes de dentro,
meu sangue!,
umbilicalidosidades à terra seio volta útero
de barro
que a Beleza imprime a ferros e fogos e espinhos
nessa louça que é agora meu peito,
cozinhado em metáforaxiologias
Águas! Ventos! Tempos! Ventre!
senhas dos relevos
dessa minha Alma
desenhando uma topografia
que não explica
sequer!
alguma poesia.

Porque poesia não se explica,
assim como a Noite não explica o raiar do Dia,
parido de dores que as Estrelas desenham
em nós.

O que dizer
de todas as Luas impossíveis
intumescendo as marés
desse Sangue de barro quase lama,
perdido nas correntes de Ar
que levam o balão dos Sonhos?

"Sorria,
a vida é bela!"
grita-me verdemente o celular.

Sorrio, a vida é Bela!
e vou um pouco mais devagar.


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Poesia escrita originalmente AQUI.

Sob licença CREATIVE COMMONS.

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