sexta-feira, 21 de março de 2008

inflamadas outras quentes verdes Verdades

De um só fôlego,
a verdade é defenestrada e se
espalha em sombras na calçada
com seus pedaços que evaporam
do chão asfalto quente,
semeando nuvens
que chovem-nos chuva
de Verdades.

Sobre as faces pasmas,
na cara de pronto,
duas tempestades!!
chuva e granizo e temporal...

duras asas de abrir-nos olhos
onde antes havia venda – de sonhos,
com certeza! – para alastrar
em inflamadas outras quentes verdes Verdades
mais Sonhos de mais Sonhos de Mais &
+ SONHOS!!!

Overmundo, 21.3.2008 18h04
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escrito após ler 'to começando...', em http://www.overmundo.com.br/banco/to-comecando-a-entender

quinta-feira, 20 de março de 2008

ocidentando-meOrientemente para melhor desnortOrientar em um só lance de coisas invisíveis

A inadequação à forma
molda forma, bem sei:
horizontes e janelas abertas clichês.

Assanhado sonho ergue voo
no veio verde da tenra Verdade
que lhe escorre pelos dentes, água, mel, vinho...

Desgarradas descostruções
erguem vãos de sustentar veio abstratrator
de mover peitos montanhas em minas de cobre e ouro.

Nego apenas o vazio
que assombra ainda em eco
e sombras que ficaram embaixo de algo.

Dos libertários conteúdos
presos no meu grito, - assombro
apenas os passarinhos de dentro que já não voam...

podadas asas pelas tesouras do tempo,
voa espírito incendiado e mais do que incendiando
menir, em brasas, voos supostos com vinho barato e fumo,

me apresento em mais desregrados pedaços,
suados e cansados incensos, pele etérea do pensamento,
minha palavra real, norte & sul
& leste & oeste, um coisa só ocidentOriente,
como a terra e a água e o sonho da carne,
reticentes incisivas noites de jardins
jasmins e a flor do Sonho.

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André Teixeira · Overmundo · 20/3/2008 00:40 , escrito pouco antes de ser completamente lavado por uma chuva, até chegar em casa, de alma limpa e céu cheio de estrelas cadentes nos ares do peito, em resposta à Nydia Bonetti e Marcos Bastos, em http://www.overmundo.com.br/banco/forma-formas-cliches-perguntas-sobre-como-destilar-a-alma-nas-tempestades

lavorar noite adentro poesia sentimento fora

Não só vira
como desvira,
de dentro pra fora
e lavora dia e tardes
& noites adentro
poesia.

Perfumes dos jardins suspensos
no simulacro desejo que colhe
lavouras & frutos campo infindo
do coração.

'Deus está na chuva'
está em cada gota do suor
– chuva de dentro pra fora! –
que a outra carne nunca sacia:
sede do Doce;
ou a fome do Sal;
ou coisas que pareçam
fom&sede de orações
que a língua reza muda
desnudando lascas de chama
da outra pele, incensos supostos,
rastro de estrelas distantes
pulsando dentro do Verbo
Sopro.

Folhas ao vento,
saciadas de Sol,
deitam-se languidamente ao céu
que lhes desenha estrelas cadentes
lentamente dançando.

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GRANDE abraço!!!
p.s. - escrito ouvindo http://www.myspace.com/isaarazulclaro ...
link na colaboração: http://www.overmundo.com.br/overblog/a-voz-e-o-azul-claro-de-isaar

Overmundo · 20/3/2008 21:३२, após ler a poesia 'Quasar' de Soninha Porto.

terça-feira, 18 de março de 2008

um poema aqui ou aí onde estás?

um poema por trás
ou à frente das estrelas?
a lua sob as estrelas conta algo
que não seja sonhos -
passam voando feito cometas –
?

passam anjos tropeçando
em estrelas caídas de longas Eras
e teclados quando não quebrados
cegos na mesma luz que cega
as sombras...

entendimento? mais sombras?

outro fantasmas
perdido numa noite escura
e densa,
que só mais densa essa alma que fala dela
com propriedades que lhe emprestam alma
em Nortes que não chegam
nesse digital Mundo de plástico,
onde não existe perfume ou flor de Verdade.

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Nesse Mundo digital, 17 de março de 2008, 'alta a noite ja se ia...'

motemotoperpétuo

'Mote' perpétuo
dessa engrenagem de sonhO&Sangue
que é o coração,
o Amor tranca-nos
em verdes campos,
altos mares,
desertos abissais de pão & água & mel,
e depois solta-o,
pipa no céu de um
calabouço - banquetes
de Nada -
em exposta onírutópica
fratura a vazar os melhores dias
do Mundo que alguém desse
ou do outro Mundo
possa conceber
viver, sentir, morrer...
nem que apenas
no instante de um
segundo,
moto perpétuo, sopro,
mais e mais Vida!

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Overmundo, 19h10

domingo, 9 de março de 2008

fisicoquimiQuânticidades

Emendar vôos ao chão
nesse meu passo cheio de céu
é talento filho da vontade
de que isso seja, palavra a palavra
nua.

A pele da palavra sua...
seus poros expelem ecos
do sopro de dentro
- panela de pressão industrial,
Máquina invluntariobliquoamente
ao peito janelas&portas
aberto –
gotas do Sumo do Sonho, floral
desse espírito que só deseja o seu Destino.

Escorre pela pele da palavra de hoje
um novo rio.
Desse novo rio – um rio de sol! –
escorrem para o céu dessas palavras
pelo vapor_ponte dessas gotas de Sumo
desse Sonho
os meu olhos.

Deles,
Gotas do Sumo mais do que Sonho parem um Mar
no qual aquele rio de sol se deita
extraindo-lhe prata e ouro
que prata ou ouro algum
hão de pagar!

Sou mais Água do que Terra:
Imito minha mãe e meu pai
e nossos ascendentes:
por isso carrego no bagageiro
meu peito
rios e mares e os céus neles refletidos
vistos da terra que piso,
mergulhando no Ar
que homogeneíza-me
à Cidade & Sombras
que não sou.

Eu sou um ‘não sei’
nem ‘quanto’ ou ‘porque’...
só sei para ‘onde’
- ainda não ‘quando’ –
mas vou na maré
desse rio de prata, diamante, Sol
e ouro plenos,
nobres animais brilhando
em constelações por dentro
que sobem ao Espaço
vapor gotas do Sumo desse Sonho
- pontes de fisicoquimicoquânticidades –
em centelhas dessa fogueira
que o vento arde em mim
letras.

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escritos desse Mundo, 08.03.2008

sexta-feira, 7 de março de 2008

Sob 'a poesia dentro da poesia semente &m fogueiras de ontem lavouras'

Dos poemas em chamas
do poeta incendiado no sangue - corre
nas veias
veneno cura antidoto -
ar quente sopro balão e nuvens.

Do sangue inflamado
intransfusável para o Nada,
vai colher migalhas do nascer de um Sol
nessa caligrafia líquida e rubra
que teimo em escrever no Mar
que teima em tempestadear
ondas em peito pedra adentro
sementes.

André Teixeira · Overmundo · 7/3/2008 11:58

escrito em http://www.overmundo.com.br/banco/fogueiras-de-ontem#c127013

A poesia dentro da poesia semente

Desce e sobe
da terra à terra
escalando 4 elementos
no gene carrossel,
um 5º elemento,
quase etéreo se não se fizesse firme
- como um passo de aço roda-gigante luzes seio -
que move os outros quatro
de seu comum leito de inexistir
para um intrínseco existir,
caminhado por estradas impossíveis...

Moinhos de sonho sobre os ombros,
Sol & Sombra assombram dia e noite
desse quinto elemento solto no Vento de dentro
- sopro -
que move-lhe as pás para ascender às Estrelas

Mar em que perco os olhos
afogados de tanto Céu suposto!

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André Teixeira · Overmundo · 7/3/2008 11:28,

quarta-feira, 5 de março de 2008

sobre 'falar demais'


Sim,
eu falo demais!:
tenho quatro cotovelos
que se acotovelam pra falar
& falar e falar e falar e falar...
quando um cansa
outro toma seu lugar.
Nem dormindo consigo sossegar!

É que eu tenho andado
com um vazio grande que tento
secar há muito e não consigo...
minha sombra - quase
sempre comigo -
é testemunha muda
desse vão esforço
em tentar silêncios
que digam tudo.

É...
mas meus silêncios
só dizem algo para mim, mais ninguém!
ferem-me a língua,
ensurdessem por dentro eco,
seco.

Mas,
quando de uma dessas palavras
que eu plantar - no vento papel ou byte -
nascer uma flor,
aí talvez eu possa silenciar
e mastigar mudamente os meus espinhos.

Perdoe-me se teus olhos doem
de tanto que falo: e que tenho
4 cotovelos & um coração
que não me deixam calar.

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Repondendo a um amigo que me disse: "tu fala demais"... somado a um MUITO mais, mas longe daqui.