quinta-feira, 20 de março de 2008

ocidentando-meOrientemente para melhor desnortOrientar em um só lance de coisas invisíveis

A inadequação à forma
molda forma, bem sei:
horizontes e janelas abertas clichês.

Assanhado sonho ergue voo
no veio verde da tenra Verdade
que lhe escorre pelos dentes, água, mel, vinho...

Desgarradas descostruções
erguem vãos de sustentar veio abstratrator
de mover peitos montanhas em minas de cobre e ouro.

Nego apenas o vazio
que assombra ainda em eco
e sombras que ficaram embaixo de algo.

Dos libertários conteúdos
presos no meu grito, - assombro
apenas os passarinhos de dentro que já não voam...

podadas asas pelas tesouras do tempo,
voa espírito incendiado e mais do que incendiando
menir, em brasas, voos supostos com vinho barato e fumo,

me apresento em mais desregrados pedaços,
suados e cansados incensos, pele etérea do pensamento,
minha palavra real, norte & sul
& leste & oeste, um coisa só ocidentOriente,
como a terra e a água e o sonho da carne,
reticentes incisivas noites de jardins
jasmins e a flor do Sonho.

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André Teixeira · Overmundo · 20/3/2008 00:40 , escrito pouco antes de ser completamente lavado por uma chuva, até chegar em casa, de alma limpa e céu cheio de estrelas cadentes nos ares do peito, em resposta à Nydia Bonetti e Marcos Bastos, em http://www.overmundo.com.br/banco/forma-formas-cliches-perguntas-sobre-como-destilar-a-alma-nas-tempestades

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