segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Metareciclalinguagem centrifugando signosonhos de dizer o que se diz duplicado ao cubo

Uma palavra é só uma palavra.

Um sentido é só um sentido.

Mas uma palavra que se impregna de divergências

pode chover metáforas se metarecicladas

nas curvas dos espinhos

das rosas dos ventos

nos jardins da gramática.


Se uma palavra se impregna de multiplicidades oníricas,

catapulta sentidos em divergências concretamente abstratas.

repouso a língua na ponta dos dedos que correm para voar e voar...


Costuro palavras ao sonho que tive hoje – B&P,

cinema mudo – ,

quase esquecido ao tentar viver a vida que corre hoje na ponta dos dedos

onde repousam convergências metafísicas

de um ontem adormecido

que se inflama ao ser lembrado.


Meus pés lambem o caminho tosco

por onde passeia a poesia sem asas que teima em voar

nem que seja nos céus dessa já não em branca página:

nuvens que chovem quando não há ninguém para olhar.


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André Teixeira

Aracaju, 10 de setembro de 2008

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