Um sentido é só um sentido.
Mas uma palavra que se impregna de divergências
pode chover metáforas se metarecicladas
nas curvas dos espinhos
das rosas dos ventos
nos jardins da gramática.
Se uma palavra se impregna de multiplicidades oníricas,
catapulta sentidos em divergências concretamente abstratas.
repouso a língua na ponta dos dedos que correm para voar e voar...
Costuro palavras ao sonho que tive hoje – B&P,
cinema mudo – ,
quase esquecido ao tentar viver a vida que corre hoje na ponta dos dedos
onde repousam convergências metafísicas
de um ontem adormecido
que se inflama ao ser lembrado.
Meus pés lambem o caminho tosco
por onde passeia a poesia sem asas que teima em voar
nem que seja nos céus dessa já não em branca página:
nuvens que chovem quando não há ninguém para olhar.
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André Teixeira
Aracaju, 10 de setembro de 2008
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